Fundação Bracara Augusta com fraca divulgação


A Fundação Bracara Augusta (FBA), localizada na cidade de Braga, vê as suas iniciativas pouco divulgadas, onze anos após o seu nascimento, devido à falta de verbas e meios de divulgação.
Idealizada em 1996, por iniciativa da
Câmara Municipal de Braga (CMB), com o intuito de comemorar os dois mil anos da cidade, a fundação associou-se ao Cabido Metropolitano e Primacial de Braga, à Universidade Católica e a Universidade do Minho com a finalidade de organizarem, em conjunto, actividades culturais na cidade.
A Fundação, que recebe o seu maior apoio da Câmara Municipal de Braga, tem ainda o mecenato de várias empresas de Braga e arredores, que se associam na organização de alguns eventos culturais.
Todos os anos são promovidas conferências sobre diversos assuntos de interesse cultural, mas a não existência de um local fixo condicionou bastante, no passado, a participação. “Não fideliza”, refere a directora da Fundação Dra. Maria do Céu Sousa Fernandes em entrevista, “as pessoas não vão porque desconhecem”, acrescentado que “é preciso criar hábitos num determinado local”. Nos últimos anos a Biblioteca Municipal foi cedida para a realização destas conferências o que “aumentou substancialmente o público”, segundo a directora.
Outra das suas principais iniciativas é a edição de uma colecção de livros que retratam a história da cidade de Braga. Também, neste âmbito a Fundação reclama uma fraca divulgação por parte da Comunicação Social, “este projecto ainda não está verdadeiramente reconhecido aqui na cidade”, refere Maria do Céu Fernandes. Esta situação verifica-se apesar de “até ao ano passado [esta Fundação] ter sido a única editora da cidade de Braga”.
A procura dos livros é grande apesar da pouca divulgação, sendo reconhecidos tanto nacional como internacionalmente. O livro mais procurado é “Os dias da Confiança”, um livro que retrata a vida da conhecida saboaria e perfumaria bracarense Confiança. Este livro mereceu até um artigo publicado no popular “blog” de Pacheco Pereira,
Abrupto que o caracterizou de “pequeno livro ignorado” tal é a falta de informação sobre a sua publicação.
Maria do Céu Fernandes lamentou a falta de verbas para a publicação de livros, visto possuírem vários documentos pertinentes para o âmbito cultural da cidade.
Os principais meios pelos quais a fundação é divulgada são os jornais locais, o site da Câmara Municipal de Braga e a agenda cultural da cidade. Esporadicamente, elaboram-se, também, cartazes e brochuras para promover as actividades da fundação.
Para o futuro, a directora pensa que a fundação ainda “tem um papel a desempenhar, mas tem que o repensar”. Com a ajuda de novas ideias, novos projectos e quem sabe até associações, a FBA pretende continuar a contribuir com algo importante para os cidadãos.
“A fundação surgiu numa altura em que não havia muitas instituições a realizarem actividades culturais (…) e agora há muitos acontecimentos [culturais] em Braga. A fundação já não tem aquele papel para o qual foi criado, até de realizar determinadas actividades culturais que agora já não são necessárias”, refere Maria do Céu Fernandes, indicando algumas associações de sociedade civil como o
Estaleiro Cultural Velha-A-Branca , o Conservatório Calouste Gulbenkian e a livraria Centésima Página, como alguns dos principais impulsionadores culturais da cidade.
Os livros publicados pela Fundação Bracara Augusta podem ser encontrados em qualquer livraria do país e na loja
A Vida Portuguesa, situada no Chiado, cuja proprietária, Catarina Portas, é hoje uma das maiores clientes da fundação. Os preços variam entre os 7€ e os 10€.

Cátia Cunha, Cristina Silva, José Raposo, Raquel Cruz

2 comentários:

Lu disse...

Ena k cool!
Elas tao munitas no video!!!!
Gostei mt deste projecto!!!
Temos jornalistas!!!

Lu disse...

Já postavas alguma coisa!!!
Eu tb adora a música da Alicia Keys
jinhos